Resenha Biográfica
Sumário das Entrevistas
Ficha Técnica

 



 

 

 

Resenha Biográfica

Akira Homma nasceu em 12 de agosto de 1939, em Presidente Wenceslau, estado de São Paulo, filho de Harusi Homma e Koyuki Homma. Do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, veio para o Centro Pan-Americano de Febre Aftosa, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro, em 1961. Formou-se em Medicina Veterinária em 1967, pela Universidade Federal Fluminense. Logo ingressou na Fiocruz, para trabalhar no Laboratório de Poliomielite do Departamento de Ciências Biológicas da Fundação Escola de Saúde Pública, junto com Hermann Schatzmayr.

Em 1972, obteve o grau de Doutor em Ciências pelo Baylor College of Medicine, em Houston, Texas, Estados Unidos, com a tese “Estudos experimentais de utilização de filtro bobina para concentração de vírus de água de esgoto ”. Akira Homma ressalta, em sua entrevista, que a tese de Oswaldo Cruz também foi sobre disseminação de agentes infecciosos via hídrica, sendo que seu estudo é sobre vírus e o de Oswaldo Cruz sobre bactérias. Trabalhou no Laboratório Bayer, na Alemanha, na produção de vacinas contra febre aftosa, no ano de 1974. Posteriormente, no período de 1990 e 1991, coordenou o Programa Nacional de Auto-Suficiência em Imunobiológicos (PASNI), do Ministério da Saúde, e deste ano até 1997 coordenou o Programa Especial de Vacinas e Imunização da OPAS.

Foi superintendente e diretor do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz (Bio-Manguinhos), de 1976 a 1989, presidente (1989-1990)e vice-presidente de Tecnologia da Fiocruz (1997 a 2001). Responsável pela estruturação de Bio-Manguinhos, articulou convênios com instituições japonesas visando à produção da vacina oral contra a poliomielite e de outras vacinas. Ao longo da sua história na instituição, tem exercido a atividade de docente e de pesquisador, com inúmeras publicações e participações em eventos científicos. Em 2001, foi eleito diretor de Bio-Manguinhos, cargo no qual permanece até os dias de hoje.

 

 

 

 

Sumário das Entrevistas

Fita 1 Lado A

Comentários sobre a experiência como técnico no Instituto Adolfo Lutz a partir de 1970;referência ao estudo sorológico com a vacina Sabin e menção a José Moura, do Departamento de Neurologia daquela instituição;considerações sobre os estudos sorológicos desenvolvidos no México;referência a Luiz Fernando Ferreira, da ENSP, e a sua transferência do Instituto Adolfo Lutz para a ENSP, em 1968;sua participação no Centro PanAmericano de Febre Aftosa, em Duque de Caxias;referência a Edmar Terra Blòis;comentários sobre sua pesquisa de isolamento do vírus da poliomielite em cultura de tecidos, na ENSP;a origem das vacinas contra a poliomielite compradas pelo Governo Federal;menção a Hermann Schatzmayr e os testes com as vacinas contra a pólio;menção a Craig Wallis e a Joseph Melnick;a pós-graduação no Texas, de 1969 a 1971;a aquisição de uma bolsa de pesquisa junto à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS);comentários sobre sua atuação nos campos da virologia e da epidemiologia e as políticas nacionais de imunização nos anos 70;referência à sua tese de doutorado, coincidente com a de Oswaldo Cruz;a ida para o Laboratório Bayer, para produzir vacinas contra a febre aftosa, de 1974 a 1976;a organização da produção de imunobiológicos no IOC;referência a Vinícius da Fonseca e à atuação do Instituto de Produção de Medicamentos;o convite para organizar Bio-Manguinhos e seu pedido de demissão da Bayer;críticas ao salário dos pesquisadores da Fiocruz;o início das atividades em Bio-Manguinhos, em janeiro de 1977, e o processo de diversificação da produção de vacinas;a meta de produzir a vacina contra a poliomielite; os contatos com universidades e institutos de pesquisa no Japão e nos Estados Unidos;comentários sobre a transferência de tecnologia de produção da vacina contra a poliomielite do Japão, entre 1978 e 1980;as relações de Vinícius da Fonseca com o Instituto Pasteur e outros laboratórios;o intercâmbio de pesquisa com o Japão e as dificuldades de trabalhar com cobaias.


Visão panorâmica de trabalhadoras de Bio-Manguinhos na linha de produção das vacinas Sabin

 

Fita 1 Lado B

Continuação dos comentários sobre as pesquisas com os rins de macacos;a importância do teste de neurovirulência e a referência a Renato Marchevsky;os impasses nas pesquisas sobre a produção da vacina antipólio;a relação da tecnologia japonesa com a criação do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS);menção à cobertura vacinal no Brasil e a especificidade do Nordeste;breves comentários sobre os programas de vacinação e a atuação da Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde (SNABS);reflexões sobre o custo da produção da vacina contra a poliomielite;referência à produção atual de vacinas e à formação dos estoques tampões;comentários sobre a questão do saneamento básico e do controle de vetores;a criação da Children 's Vaccine ; retomada da discussão dos custos de produção da vacina contra a poliomielite;breves considerações sobre os Dias Nacionais de Vacinação, o Programa de Controle da Pólio e a criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI);re. exões sobre o problema da demanda de vacinas produzidas por Bio-Manguinhos, entre 1980 e 1985;o controle de qualidade das vacinas junto ao Ministério da Saúde e a atuação da Central de Medicamentos (CEME);referência a Leonildo Vinter;comentários sobre a entrevista.

 

 

 

 

Ficha Técnica

Entrevista: Dilene Raimundo do Nascimento e Anna Beatriz de Sá Almeida
Transcrição: Rosa M J Dutra
Conferência de Fidelidade: Ives Mauro Junior e Anna Beatriz de Sá Almeida
Sumário: Daiana Crús Chagas e Dilene Raimundo do Nascimento
Resenha Biográfica: Dilene Raimundo do Nascimento
Número de Fitas: 1
Tempo de Gravação: 1h
Local: Rio de Janeiro, RJ
Data: 27/3/2002