Ingressou no curso de Medicina em 1940 e, no final do quarto ano, foi aprovado como acadêmico-residente no Instituto Fernandes Figueira (IFF), ligado ao Departamento Nacional da Criança. Após a graduação, fez prova para médico-residente no mesmo Instituto, reforçando sua ligação com a área de atenção e cuidado materno-infantil. Voltou para Caratinga em 1948, exerceu a pediatria em consultório particular, trabalhou em vários hospitais e foi chefe do Centro de Saúde de Caratinga, como médico concursado da Secretaria de Saúde de Minas Gerais. Entre os anos de 1966 e 1986, exerceu vários cargos de direção na Secretaria Estadual de Saúde, sobretudo no Departamento Estadual da Criança, no Instituto da Previdência dos Ser vidores do Estado e no Centro Metropolitano de Saúde. De 1975 a 1978, foi secretário adjunto na Secretaria Estadual de Saúde e, na década de 1980, diretor do Departamento de Assistência Médica e Social do Instituto de Previdência dos Ser vidores do Estado. Foi presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais entre 1982 e 1984, além de fellow da Academia Americana de Pediatria e orador da Sociedade Mineira de Pediatria. Sua ligação com o Rotar y Club do Brasil tem início na década de 1950, quando volta a Caratinga, após a graduação no Rio de Janeiro. Foi presidente do Rotar y Club de Belo Horizonte no biênio 1968-1969 e, em 1980, se torna membro do Board of Directors do Rotar y International, onde permanece até 1982. Foi presidente da Comissão Nacional do Programa PólioPlus do Rotar y International e curador da Fundação Rotária do Rotar y International, entre 1996 e 1999. Até hoje é membro respeitado do Rotar y de Belo Horizonte.
Fita 1 Lado A Comentários sobre a história pessoal e familiar em Minas Gerais, primeiro em Caratinga, depois em Belo Horizonte; referência à graduação em Medicina, no Rio de Janeiro, na década de 1940; retomada de comentários sobre a vida pessoal;a opção pela UFF;sua experiência como médico residente no IFF, do Departamento Nacional da Criança;referência a César Perneta, Mario Olinto, Hélio de Martini e Luis Torres Barbosa; comentários sobre sua atuação como pediatra;a transferência para o Hospital dos Servidores;o retorno a Caratinga e a vida profissional e pessoal na cidade; menção à sua participação na Semana da Criança e à palestra no Rotary Club, em 1948;a opção de voltar para Caratinga definitivamente;sua entrada para o Rotary Club;as primeiras experiências com casos de poliomielite e o contato com a vacina Salk, em 1956;o pioneirismo no uso da vacina contra a pólio em Caratinga;suas motivações para atuar no combate à poliomielite;comentários sobre a imunização em Caratinga;o interesse dos Governos Federal e Estadual em importar mais vacinas contra a pólio e a posterior chegada da vacina Sabin; o início das Campanhas Nacionais de Vacinação;breve menção à importância da conscientização materna;sua participação como diretor do Departamento Estadual da Criança;as pressões para entrar na carreira política;sua gestão como diretor distrital do Rotary Clube e a ascensão internacional;considerações sobre o funcionamento de um Distrito do Rotary Club. Fita 1 Lado B Continuação das considerações sobre o funcionamento de um Distrito do Rotary;reflexões sobre o primeiro caso de poliomielite que acompanhou no Rio de Janeiro;referência a Valdir de Abreu e a Martin da Rocha;os casos de poliomielite nas cidades do Rio de Janeiro e em Caratinga;reflexões sobre surtos epidêmicos e políticas públicas;considerações sobre o trabalho do Grupo Técnico da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)na investigação de surtos epidêmicos;comentários sobre o pioneirismo brasileiro nas campanhas nacionais de imunização;as condições de saúde em Minas Gerais;retomada de comentários sobre sua trajetória;menção à presidência no Rotary Club de Belo Horizonte, sua estrutura administrativa e atuação no mundo;o projeto PólioPlus financiado pelo Rotary Club;o programa de imunização contra a pólio nas Filipinas; referência a Paul Harris;comentários sobre a atuação recente no Rotary Club. Fita 2 Lado A Comentários sobre os programas humanitários e a participação de empresas como a Fundação Rotária;reflexões sobre aspectos humanitários;considerações sobre o Programa de Vacinação contra a Poliomielite nas Filipinas, entre 1979 e 1983;a parceria entre o Rotary Club e a Organização Mundial da Saúde (OMS);comentários sobre a experiência das Filipinas como embrião do Programa PólioPlus;as deliberações da Assembléia Mundial de Saúde;reflexões sobre os programas de imunização; a relação entre os Dias Nacionais de Vacinação e o Programa de Imunização no contexto brasileiro da década de 1980;considerações sobre os bastidores políticos;reflexões sobre as políticas de imunização no Brasil;a questão da obtenção de recursos financeiros;o surto de poliomielite em Pernambuco, nos anos 80;comentários acerca do uso das campanhas de vacinação contra a pólio como bandeira de conscientização;a diferença nas metas de erradicação da OMS e do Rotary Club. Fita 2 Lado B Comentários sobre as campanhas de vacinação;referência a Eduardo Maranhão;as experiências atuais de vacinação na Índia e no Paquistão, patrocinadas pelo Rotary Club;retomada dos comentários sobre a Campanha de Vacinação em Pernambuco;referência a José Fernando Verani;considerações sobre o programa Parceiros PólioPlus, o projeto PólioPlus e o PNI, quando diretor do Departamento Estadual da Criança; sua participação no Plano Nacional de Controle da Poliomielite;referência a Carlyle Guerra de Macedo;opinião sobre o valor da medicina preventiva decorrente da experiência do Instituto Fernandes Figueira;comentários sobre a relação entre pediatra e mãe;considerações sobre o uso da vacina Sabin no Brasil, a aceitação da vacina Salk e o incidente Cutter;referência a Arnold Toynbee;opinião sobre o processo de municipalização da saúde e as campanhas de vacinação;considerações acerca das políticas públicas no Brasil;comentários sobre o sucesso das campanhas de vacinação;o caso do vírus vacinal na República Dominicana;o intercâmbio entre África, Índia, Japão e Brasil na área da saúde;o processo de compra da vacina contra a pólio pelo Rotary Club e pelo Governo brasileiro;a relação entre as agências de saúde nacionais e internacionais e o Ministério da Saúde. Fita 3 Lado A Comentários sobre o Ministério da Saúde;os registros dos relatórios do Unicef; referência a Bernard Cântero;menção a Hermann Schatzmayr e a Akira Homma;o reconhecimento do Governo brasileiro ao trabalho do Rotary Club; considerações sobre sua participação no Seminário Nacional de Vacinação em Belo Horizonte;referência a Alceni Guerra, a Luis Carlos Borges da Silveira, a Domicina Monteiro e a Bernard Guenter;o trabalho conjunto do Ministério da Saúde e da Fundação Rotária; comentários sobre o Programa de Controle da Poliomielite;as parcerias entre a OMS, o Rotary Club e o Unicef;considerações sobre a Comissão Nacional do PólioPlus;a participação da empresa Odebrecht;opiniões sobre a experiência de imunização nas Américas;referência a Ciro de Quadros;comentários sobre a questão social e as epidemias;menção às contribuições estrangeiras ao Rotary Club e à erradicação da pólio. Fita 3 Lado B Críticas à ação filantrópica do empresariado nacional;referência a José Alfredo Pretone;as tentativas da nova gestão do Rotary Club de ampliar parcerias; comentários sobre os investimentos em trabalho estratégico;reflexões sobre a futura erradicação do sarampo;análise das estatísticas oficiais da OMS e da OPAS;a possibilidade de novos programas de erradicação;considerações finais do entrevistado.
Entrevista: Dilene Raimundo do Nascimento e Laurinda Rosa Maciel
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