Neste mesmo ano, começou a trabalhar na Fiocruz, sendo chefe do Laboratório de Vacinas Virais do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQs), no período de 1980 a 1985. Em 1985, foi trabalhar no Laboratório de Enterovírus do Departamento de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), onde teve destacada atuação em todo o processo de erradicação da poliomielite no Brasil e nas Américas. Em 1991, concluiu o Doutorado em Ciências Biológicas (Biofísica)na UFRJ, com a tese intitulada “Epidemiologia molecular dos poliovírus selvagens isolados no Brasil ”. No período de 1992 a 1996, foi pesquisador associado como recém-doutor no Centers for Disease Control and Prevention (CDC)de Atlanta, nos Estados Unidos, tendo realizado seu pós-doutorado nessa instituição. Trabalha ainda hoje na vigilância e no controle da circulação do vírus da pólio, sendo o responsável pelo Centro de Referência Nacional de Enteroviroses do Ministério da Saúde, e também pelo Laboratório de Enterovírus do Departamento de Virologia do IOC/Fiocruz. Desde 1988, é o responsável pelo treinamento de profissionais dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública e dos laboratórios da Rede da OPAS em técnicas moleculares e de diagnóstico de enterovírus. Também atua como consultor de Laboratórios da OPAS e da OMS, dentro do Programa de Erradicação Global da Poliomielite. Tem destacada participação no programa de pós-graduação do IOC/Fiocruz e possui inúmeras publicações na área.
Fita 1 Lado A Considerações sobre seu interesse pela área da saúde, ainda na infância;a formação em Farmácia, a opção pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica de Ouro Preto e a influência dos professores;o contato com profissionais da Fiocruz e a escolha pela Virologia;o estágio e o mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);o trabalho no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), no controle de vacinas contra a poliomielite, e menção a pessoas que trabalharam com a doença nessa época;comentários sobre as pressões sofridas na reprovação de lotes de vacinas;reflexões sobre a posição do INCQS dentro da estrutura da Fiocruz no início da década de 1980;a opção pelo Departamento de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC);o trabalho com Hermann Schatzmayr;observações sobre o caráter do trabalho desenvolvido no IOC;opinião sobre a escolha do Laboratório de Enterovírus como laboratório de referência no diagnóstico da poliomielite;antecedentes do laboratório ainda no prédio da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP);a indicação para a chefia do laboratório e menção à sua equipe de trabalho;a relação deste laboratório com os outros centros de referência;detalhes sobre a rotina de trabalho;a importância atual do Centro de Referência para a América Latina e suas funções;referência ao trabalho de Mitiko Fujita e Elizabeth Marques;sobre sua tese de doutorado na UFRJ. Fita 1 Lado B A relevância do laboratório na vigilância epidemiológica da poliomielite;a importância da rapidez das informações para o combate à pólio;a questão envolvendo a introdução do Dia Nordestino de Vacinação;avaliação das razões pelas quais a Campanha no Brasil serviu de molde para a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS);críticas às coberturas contra a poliomielite em 1984;menção às pessoas que fizeram parte do GT-Pólio e reflexões sobre a rotina deste trabalho;a área acadêmica e sua atividade como coordenador de cursos;a relação com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), de Atlanta;comentários sobre o pós-doutorado;sobre a possível clonagem do vírus da varíola;reflexões sobre as diferenças entre o CDC e a Fiocruz;a questão do reconhecimento de um pesquisador no Brasil e no exterior;sua vivência como professor;a área de enterovírus.
Entrevista: Anna Beatriz de Sá Almeida e Laurinda Rosa Maciel
|
