Resenha Biográfica
Sumário das Entrevistas
Ficha Técnica

 



 

 

 

Resenha Biográfica

Eduardo Severiano Ponce Maranhão nasceu em dezembro de 1945, no Rio de Janeiro. Em 1967, ingressou na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e formou-se em 1972. Ainda na graduação, fez estágios em diferentes locais, como o Hospital Marcílio Dias, o Ser viço de Cirurgia Experimental e o Campus Avançado da UERJ em Parintins, na região amazônica.

Após a graduação, foi médico residente no Hospital das Clínicas da UERJ e realizou um curso na área de epidemiologia no Instituto de Medicina Social da mesma universidade. Em 1975, começou a trabalhar como médico na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), e no Hospital de Cardiologia de Laranjeiras. Neste mesmo ano, iniciou sua carreira de professor de Epidemiologia no Curso Básico de Saúde Pública. Este curso era ligado ao Departamento de Administração e Planejamento em Saúde, onde permaneceu até 1986, quando foi para o Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde, no qual continua exercendo suas atividades até hoje.

Em 1986, foi coordenador e colaborador do primeiro Curso Internacional de Erradicação da Poliomielite, organizado pela OPAS, e no ano seguinte coordenou o primeiro Curso Nacional de Erradicação da Poliomielite. Foi professor de cursos de treinamento e vigilância epidemiológica em Moçambique e na Argentina.

Teve importante atuação nos processos de controle e erradicação da poliomielite em vários estados brasileiros. Além das atividades como pesquisador e professor da ENSP, nos últimos anos, faz parte da equipe de trabalho que super visiona o programa de erradicação do sarampo, o controle da rubéola e a eliminação do tétano neonatal em várias unidades da Federação, a lém de prestar consultoria para a avaliação do Programa Ampliado de Imunização (PAI) na América Latina.

 

 

 

 

Sumário das Entrevistas

Fita 1 Lado A

A origem familiar e o início da vida escolar;o vestibular para medicina e a opção pela UERJ;comentários sobre os professores e o Instituto de Medicina Social (IMS);referência à carreira de médico clínico e o trabalho na área de Saúde Pública;a residência em medicina integral no Campus Avançado da UERJ em Parintins, Amazonas;referência ao Curso de Epidemiologia;o concurso para médico da Marinha e o mestrado em Medicina Social na UERJ;comentários sobre o estudo durante o período da ditadura militar no país.

Fita 1 Lado B

Continuação das considerações sobre o mestrado na UERJ e a temática da dissertação sobre os conceitos de saúde e doença;o estágio no Instituto de Cardiologia de Laranjeiras;a desistência de concluir o mestrado;o estágio no Departamento de Administração e Planejamento da ENSP e a contratação em 1976 pela Fiocruz;menção a Eduardo Costa e Fernando Laender;o estágio na Epidemiologia e o trabalho na Unidade Germano Sinval Faria, na ENSP;o grupo que trabalhava no Departamento de Epidemiologia da ENSP;a atividade docente e o Curso Avançado de Planejamento em Saúde na Fiocruz;referência a Paulo Buss, Elsa Paim e Mitiko Fujita.

Fita 2 Lado A

Comentários sobre a experiência na organização dos cursos na ENSP;considerações sobre a Fundação SESP;o trabalho no Departamento de Planejamento com o programa de imunização; a discussão na ENSP sobre o PAI e a proposta de capacitação de pessoal e pesquisas operacionais;a resistência dentro da ENSP ao programa de imunização; o convênio com a OPAS;considerações sobre o PNI e o PAI e a relação com a ENSP;a estruturação do Sistema Nacio-nal de Vigilância Epidemiológica dentro da Fundação SESP.

Fita 2 Lado B

Considerações sobre o grupo do PAI na ENSP e as críticas recebidas;comentários sobre o curso prático do PAI e o Curso Básico de Vigilância Epidemiológica (CBVE);a questão da rede de frio; os cursos de treinamento e capacitação em vigilância epidemiológica para os estados e a produção de material articulado com a Secretaria Nacional de Ações Básicas em Saúde (SNABS);o Curso de Vigilância Epidemiológica das doenças cobertas pelo PAI aplicado aos países das Américas;a ampliação do controle dos imunopreveníveis para doenças transmissíveis;considerações sobre a vivência nos encontros nacionais.

Fita 3 Lado A

Comentários sobre o Programa de Controle da Poliomielite na década de 1970 e o plano de padronização da vacinação e do sistema de informação;referência à utilização dos pulmões de aço no Hospital Jesus, no Rio de Janeiro;menção a Itamara Meilman;o diagnóstico da pólio e a discussão em torno das vacinas Salk e Sabin;Albert Sabin e a divergência com o Ministério da Saúde sobre a controvérsia dos dados estatísticos da pólio; a estratégia da campanha da pólio e os Dias Nacionais de Vacinação;comentários sobre a participação de Albert Sabin;considerações sobre a primeira campanha de vacinação do país, em 1980, e o grupo que participou desta decisão política.

Fita 3 Lado B

Referência à reunião de Alma-Ata e a proposta de criação dos serviços básicos de saúde;as oposições às campanhas de vacinação;a importância dos postos de saúde para as campanhas de vacinação; a opção pela erradicação da pólio e não do sarampo e o papel dos organismos internacionais;a rede de frio e o apoio logístico à campanha;o treinamento de recursos humanos para as campanhas; considerações sobre a divulgação da campanha nos Congressos de Pediatria;o Fundo Rotatório e a compra de vacinas.

Fita 4 Lado A

O Programa de Auto-Suficiência na década de 1980 e o processo de produção da vacina antipólio na Fiocruz;menção a Akira Homma, Hermann Schatzmayr e o grupo da virologia;o planejamento inicial das campanhas no período de 1980 a 1984 e a decisão da erradicação da pólio em 1986;o grupo do PAI na ENSP;o processo de erradicação da pólio no Brasil e nas Américas;a discussão com organismos internacionais;a experiência como coordenador de encontros e cursos;referência a Ciro de Quadros, Fernando Laender e José Fernando Verani;considerações sobre a vigilância epidemiológica;referência à reunião de epidemiologistas e a discussão de que doença seria erradicada.


Primeira Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite na Unidade Sanit ária Germano Sinval de Faria. ENSP, Fiocruz, 1980

 

Fita 4 Lado B

Continuação dos comentários sobre a erradicação da pólio e a participação do PAI;referência ao Encontro Nordestino de Erradicação da Pólio, em 1989, no Ceará, e os encontros nacionais;a reunião sobre a Operação Limpeza e a consolidação do processo de erradicação; referência à mudança no conceito de “caso de pólio ” e a importância da divulgação de técnicas e inovações científicas; as reuniões do Grupo Técnico Assessor (TAG)da OPAS e o PAI;os informes técnicos das reuniões da OPAS;a experiência do PAI em outros países;considerações sobre o contexto político da Nicarágua na época dos sandinistas e a saúde;as assessorias prestadas no Equador, Peru e Argentina e a comparação entre seus programas de imunização;o trabalho junto à OPAS.

Fita 5 Lado A

A experiência de trabalho na África, sobretudo em Angola;treinamento e capacitação de pessoal na América Latina e América Central;a organização dos Dias Nacionais de Vacinação no México e a Operação Sinaloa;o trabalho como consultor da OMS e Unicef;novas considerações sobre a experiência de trabalho na Nicarágua e a situação política desse país;o processo de erradicação da pólio nas Américas e a certificação em 1994; a avaliação do processo de erradicação da pólio nas Américas e na Europa e os problemas na África e Ásia.

Fita 5 Lado B

O projeto de erradicação da pólio e a certificação na Ásia e na África prevista para 2005;considerações sobre o surto de paralisia fl ácida na República Dominicana com poliovírus vacinal em 2001; a discussão sobre a manutenção ou não da vacinação;a situação atual dos indicadores da pólio no Brasil e a vigilância epidemiológica;considerações sobre o Programa de Sarampo da OPAS e a proposta de erradicação nas Américas.

 

 

 

 

Ficha Técnica

Entrevista: Anna Beatriz de Sá Almeida e Laurinda Rosa Maciel
Transcrição: Marcello Cappucci Frisoni
Conferência de Fidelidade: Gissele Viana Carvalho
Sumário: Gissele Viana Carvalho e Laurinda Rosa Maciel
Resenha Biográfica: Laurinda Rosa Maciel
Número de Fitas: 5
Tempo de Gravação: 4h50min
Local: Rio de Janeiro, RJ
Data: 16 e 17/4/2001