Resenha Biográfica
Sumário das Entrevistas
Ficha Técnica

 



 

 

 

Resenha Biográfica

Fábio Moherdaui nasceu em 22 de out ubro de 1955, na cidade de São Paulo, descendente de imigrantes sírios. Graduou-se em Medici na em 1982, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Considera-se um humanista no mais amplo sentido da palavra e, coerentemente, voltou seu interesse para a medicina preventiva. Assim, ao término de sua graduação, ingressou no Curso de Especialização em Saúde Pública da Universidade de São Paulo, e deu continuidade ao seu aperfeiçoamento na Residência de Medici na Social do Hospital do Servidor Público Estadual.

Iniciou sua carreira profissional em 1984, como sanitarista da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, lotado em um centro de saúde. Em seguida, foi trabalhar na Regional de Saúde de São Paulo, na área de vigilância epidemiológica. Quando o Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo foi criado, ficou responsável pelo controle de doenças imunopreveníveis, entre elas a poliomielite. Assim, na ocasião da proposta de erradicação da poliomielite, em 1985, ele era o responsável no estado de São Paulo.

Em 1987, assessorou o Ministério da Saúde no Programa de Erradicação da Poliomielite, integrando o GT-Pólio. Este trabalho permitiu-lhe ter clareza da grande diferença entre os estados brasileiros, levando-o a um posicionamento crítico em relação às campanhas de imunização. A partir de 1988, tornou-se assessor da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS)e trabalhou com a erradicação da poliomielite no Peru, em Honduras e na Nicarágua.

Sent ia-se um cidadão do mundo, mas o “sangue brasileiro ” falou mais alto e, em fins de 1992, retornou ao Brasi l e logo foi trabalhar no Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis (PNDST/AIDS), em Brasília, e, com freqüência, é convidado a prestar assessoria a países da América Latina nesse assunto.

 

 

 

 

Sumário das Entrevistas

Fita 1 Lado A

Considerações sobre a família;os avós imigrantes da Síria;considerações sobre a infância em São Paulo;a formação escolar em colégios tradicionais de São Paulo;o início do curso de Biologia na PUC de São Paulo;a transferência para a medicina;o enfoque na medicina preventiva;o direcionamento da Faculdade de Medicina da PUC para os aspectos sociais;professores que estimularam a escolha pela medicina social;a residência em Medicina Social no Hospital do Servidor Público Estadual;o Curso de Especialização em Saúde Pública da USP;o trabalho na Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo;a atuação com as comunidades nos Centros de Saúde;o início do trabalho com vigilância epidemiológica na Regional de Saúde de São Paulo;o controle do surto de doenças imunopreveníveis nas comunidades;o Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo e o primeiro Curso de Vigilância Epidemiológica do Brasil; o trabalho no controle das doenças imunopreveníveis;a proposta de erradicação da poliomielite;a chefia do grupo de São Paulo responsável pela erradicação da pólio;inserção no Grupo de Trabalho de Erradicação da Poliomielite (GT-Pólio);o contato com casos de pólio em São Paulo;referência a João Yunes;observações sobre o trabalho com a OPAS na América Latina;a consultoria no Peru e as dificuldades de trabalho;considerações sobre o destaque internacional dos profissionais brasileiros que atuaram na campanha de erradicação da pólio; a assessoria ao Ministério da Saúde nas Secretarias Estaduais de Saúde durante a campanha de combate à poliomielite; as condições de trabalho nos estados do Norte e Nordeste do Brasil;a decisão do Ministério da Saúde de erradicar a poliomielite no Brasil e as dificuldades de se implementar a vacinação nos estados;considerações sobre a dificuldade de priorizar o combate à pólio em regiões assoladas por outras doenças;o questionamento pessoal acerca da necessidade de se destinarem tantos recursos para uma doença cada vez mais escassa; observações sobre as motivações que levaram à campanha de erradicação da pólio;o exemplo da varíola em escala mundial e a captação dos recursos utilizados na campanha da varíola para a pólio;a utilização política da proposta de erradicação efetiva de uma doença;a questão do “campanhismo ” no Brasil;questionamento acerca da necessidade de grandes campanhas de âmbito nacional;a estruturação do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo.

Fita 1 Lado B

A preocupação com outras doenças no centro de vigilância paulista;a perspectiva de controle e eliminação do sarampo; a presença de Albert Sabin;o desenho de um projeto de eliminação do sarampo em São Paulo;a erradicação do sarampo no Brasil;o trabalho na América Latina e o afastamento do sarampo; a ida para Brasília;o primeiro projeto para o controle da AIDS com recursos do Banco Mundial;considerações sobre a importância de Ciro de Quadros no Ministério da Saúde;a passagem de consultor da OPAS nos estados do Brasil, para consultor na América Latina; comentários sobre outros profissionais que também atuaram pela OPAS fora do Brasil;o trabalho no Peru e as dificuldades de locomoção;a necessidade de relacionamento com os guerrilheiros do grupo Tupac Amaru em Lima, no Peru, e o trabalho de vacinação em áreas ocupadas por eles;as dificuldades de chegar às regiões dominadas pelo grupo guerrilheiro Sendero Luminoso;a transferência para Honduras por decisão de Ciro de Quadros;a prioridade para a América Central;o nascimento da filha;as atividades como organizador da vigilância epidemiológica em Honduras;o modelo de campanhas de vacinação para erradicação da poliomielite;a articulação com os demais cooperadores que atuavam em Honduras;a melhoria da estrutura de vigilância epidemiológica em Honduras e a transferência para a Nicarágua; o contexto histórico da Nicarágua pós-sandinismo;as dificuldades pessoais e físicas de trabalho no país;a transferência da família para o Brasil;a desistência e a volta para o Brasil;o contexto histórico brasileiro;o Governo Fernando Collor de Mello e o impeachment ;a ideologia de “cidadão do mundo ” e a vontade de trabalhar no Brasil;a atuação da OPAS na formação de “cidadãos do mundo ”; Ciro de Quadros e sua projeção na América Latina;as condições para o trabalho na América Latina proporcionadas pela OPAS;o trabalho com estratégia de controle de epidemias;considerações sobre trabalhar na selva da Nicarágua e as condições de realizar um combate de doenças;o trabalho com DST/AIDS desenvolvido por Lair Guerra e por Helvécio Bueno;o convite para integrar a equipe de trabalho com AIDS;o acidente de Lair Guerra e as mudanças no direcionamento do trabalho;o enfoque na AIDS; a retomada dos investimentos nas demais DSTs;o trabalho de Paulo Teixeira;a implementação do programa de combate e controle da AIDS em São Paulo;a utilização do modelo paulista no Brasil;o retorno de Paulo Teixeira ao Ministério para trabalhar com as demais DSTs.

Fita 2 Lado A

Considerações acerca das suas atividades pelos países da América Latina;a consultoria na estrutura de programas para controle de DST e AIDS;comentários sobre a experiência de trabalhar em outros países;o afastamento do trabalho com a pólio;a permanente preocupação com os trabalhos desenvolvidos em prol da erradicação da pólio no mundo.

 

 

 

 

Ficha Técnica

Entrevista: Dilene Raimundo do Nascimento e Laurinda Rosa Maciel
Transcrição: Marcello Cappucci Frisoni
Conferência de Fidelidade: Gissele Viana Carvalho
Sumário: Daiana Crús Chagas e Laurinda Rosa Maciel
Resenha Biográfica: Dilene Raimundo Nascimento
Número de Fitas: 2
Tempo de Gravação: 1h10min
Local: Brasília, DF
Data: 20/6/2001