Além de fazer ambulatório, consulta externa e atendimento à população, havia um posto de vacinação no centro de saúde, e vem daí seu contato com as doenças imunopreveníveis. No início da década de 1980, ingressou no Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde da ENSP, participando de cursos patrocinados pelo Programa Ampliado de Imunizações (PAI)da OPAS. Neste período, foi para Washington trabalhar na OPAS, com controle de doenças imunopreveníveis, e lá permaneceu durante cinco anos. Trabalhou ativamente na implantação do Programa Nacional de Imunização (PNI)junto às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, fazendo um elo destas com a Secretaria Nacional de Ações Básicas em Saúde (SNABS), dirigida na época por João Baptista Risi Júnior. Em 1986, ao se lançar o compromisso de erradicação da poliomielite, o Brasil já havia avançado bastante no controle da doença, principalmente com a realização dos Dias Nacionais de Vacinação em todo o território nacional. Fernando Laender considerou este fator fundamental para o sucesso da campanha de erradicação da poliomielite. Trabalhou em alguns países da África a convite da Organização Mundial de Saúde (OMS), e em vários outros na América Central, como El Salvador, Guatemala e Nicarágua. Foi assessor do PAI no Haiti e atualmente continua prestando assessoria à OPAS e trabalhando na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Fita 1 Lado A Considerações sobre sua cidade de origem, Teófilo Ottoni;a opção pelo curso de medicina;referência à residência de medicina social na UERJ e o interesse pela área desde a graduação;a ida para a Fiocruz e o trabalho desenvolvido na Unidade de Treinamento Germano Sinval Faria, na ENSP;as primeiras experiências na área de doenças imunopreveníveis;o convite da OPAS para ir a Washington;a volta ao Brasil e a divulgação do material para formação de pessoal em saúde pública;os antecedentes da decisão da erradicação da poliomielite nas Américas;considerações sobre a poliomielite tornando-se problema de saúde pública no Brasil;sua participação nas campanhas de erradicação da poliomielite nas Américas;opinião sobre a contribuição das Américas nesse processo; retomada do assunto da volta ao Brasil; comentários sobre a assessoria técnica prestada na África e na América Central; comentários sobre a relação entre o PAI e o pessoal de laboratório. Fita 1 Lado B As dificuldades e facilidades do trabalho no país;a relação do PNI com o Ministério da Saúde;considerações sobre a questão de recursos para a erradicação da poliomielite;considerações sobre a oposição campanha versus rotina;comentários sobre o acompanhamento do último caso de poliomielite no Brasil e nas Américas;a importância da continuidade das campanhas contra a poliomielite, no Brasil;as características da epidemia de pólio no Haiti e na República Dominicana, em 2000;referência aos casos ocorridos na década de 1990 no Egito e em países da ex-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas;considerações sobre as estratégias para o momento após a erradicação global da poliomielite;comentário sobre a ida para o Haiti e a epidemia de sarampo;considerações finais sobre a entrevista.
Entrevista: Anna Beatriz de Sá Almeida e Laurinda Rosa Maciel
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