Resenha Biográfica
Sumário das Entrevistas
Ficha Técnica

 



 

 

 

Resenha Biográfica

Isabel Cristina Stefano Pellizzari nasceu em 16 de junho de 1959, na cidade de Itápolis, São Paulo. A contragosto de seu pai, que queria vê-la médica, graduou-se em enfermagem, em 1980, em Bauru. Logo foi para São Paulo cursar a especialização em administração hospitalar, mas, no meio do curso, optou por uma especialização em Saúde Pública, ambas no Centro São Camilo. Retomou o curso de administração hospitalar somente alguns anos depois.

Aprovada em concurso na Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em 1981, foi trabalhar no Centro de Saúde Parque Santa Madalena, na Zona Leste de São Paulo. Posteriormente, trabalhou nos Distritos Sanitários de Vila Prudente e de Belenzinho e, neste último, desenvolveu um excelente trabalho de promoção e prevenção à saúde com a população pobre do bairro.

Em 1986, com a extinção dos Distritos Sanitários, Alexandre Vranjack convidou-a para organizar a Divisão de Imunizações do recém-criado Centro de Vigilância Epidemiológica. Aí, em 1987, elaborou-se o Plano de Eliminação do Sarampo no Estado de São Paulo e, pela primeira vez, usou-se o Ped-o-jet em vacinação. Isabel Stefano foi quem produziu o Manual de Manuseio do Aparelho de Pressão Ped-o-jet.

Em função de sua atuação dinâmica e altamente positiva, foi convidada, neste mesmo ano, para trabalhar na Divisão de Imunizações, em Brasília, e, em 1989, assumiu a coordenação do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Tornou-se presidente da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), em 1991, e implementou mudanças administrativas, criando o Centro Nacional de Epidemiologia (CENEPI)e, no mesmo nível, a Coordenação Nacional de Programas de Imunizações, à qual se subordinavam a Divisão de Imunizações e a Divisão de Insumos. Seu período em Brasília foi de muito trabalho e muitos percalços.

Em 1992, voltou para São Paulo, seu estado de origem, onde trabalha em capacitação de pessoal e gestão dos programas de doenças crônicas não transmissíveis, na Regional de Saúde de Marília.

 

 

 

 

Sumário das Entrevistas

Fita 1 Lado A

Lembranças sobre sua infância na cidade de Itápolis, em São Paulo;a opção pela Enfermagem, cursada na Faculdade do Sagrado Coração de Jesus (USC), Bauru, São Paulo, em 1980;breve relato sobre a história de sua família;os motivos que a levaram a escolher Saúde Pública; o trabalho no Centro de Saúde Parque Santa Madalena, em São Paulo, concurso realizado em 1981;comentários sobre as discussões em torno das campanhas de vacinação com David Capistrano, em 1981;as circunstâncias de sua ida para o PNI, em 1986;os cursos de educação continuada realizados pela OPAS; a experiência de ser enfermeira distrital de Saúde Pública, no Belenzinho, entre 1984 e 1985;comentários sobre as condições de moradia;a equipe de trabalho.

Fita 1 Lado B

A assistência aos moradores no Belenzinho:dificuldades e estratégias de trabalho;comentários acerca do trabalho de Nelson Bedim, diretor da DRSI, e seu apoio às Campanhas de Imunizações;as circunstâncias do curso que a capacitou a produzir a vacina BCG, realizado na Universidade de Saúde Publica;a reforma administrativa da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, em 1986; a extinção dos Distritos Sanitários;sua atuação durante este período;a criação do Centro de Vigilância Epidemiológica, na Divisão de Imunização, em 1986;a experiência como coordenadora de Recursos Humanos da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, em 1987;considerações sobre a elaboração do primeiro Manual de Procedimentos de Imunização com aparelho Ped-o-jet ;o trabalho do Comitê de Imunização do Estado de São Paulo, em 1987;as pesquisas realizadas no Hospital Emilio Ribas; as circunstâncias de sua nomeação como coordenadora do PNI do Ministério da Saúde, em 1990.

Fita 2 Lado A

As dificuldades encontradas no Ministério da Saúde;seu trabalho de levantamento de dados e de organização de campanhas de vacinação nos estados;a preocupação com o aperfeiçoamento técnico para realizar tanto a rotina quanto as campanhas;dificuldades devido à inexperiência do pessoal;a pesquisa realizada pela Fiocruz sobre oportunidades perdidas de vacinação, em 1989;as circunstâncias da Campanha de Vacinação contra a Poliomielite no Estado da Paraíba;dificuldades diante da greve estadual e da falta de pessoal técnico;a experiência da campanha de vacinação em Souza, Paraíba, última cidade a erradicar o vírus da poliomielite no Brasil.

Fita 2 Lado B

Sua decisão de falar aos jornais acerca da falta das vacinas DTP e sarampo para a realização de campanhas de imunizações; a saída de Ivanildo Franzosi do cargo de coordenador do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em 1989;a parceria com o Unicef, com Roger Simpriton e com a Fiocruz;descrição dos resultados da pesquisa acerca das oportunidades perdidas de vacinação;levantamento das carências de cada estado;sua nomeação para a Coordenadoria do PNI e as mudanças implantadas;a publicidade da Campanha Nacional de Vacinação, cujo personagem principal era o Zé Gotinha; os problemas de recursos para suprir as carências dos estados em material para a vacinação e treinamento de pessoal;as soluções encontradas na parceria com outras organizações, tais como o Unicef e a OPAS;a importância da participação do ministro da Saúde, Alceni Guerra, na campanha de vacinação na Bahia, em 1990;a apresentação do projeto baseado no levantamento das carências de cada estado;o compromisso do ministro da Saúde em apoiar tal projeto;o início do projeto.


Adesivo símbolo da Campanha de Multivacinação, PNI /FUNASA/MS

Fita 3 Lado A

A criação dos coordenadores de estados, para apoiar a capacitação de pessoal; alguns resultados alcançados;a importância da reelaboração do Manual de Procedimentos de Vacinação de 1986; a criação do Comitê Técnico Assessor, com o objetivo de apoiar as campanhas, dando respaldo científico;comentários sobre a discussão acerca da competência do PNI como projeto temporário e não unidade permanente;sua atuação como presidente da FUNASA, em 1991;a criação do Centro Nacional de Epidemiologia (CENEPI).

Fita 3 Lado B

A trajetória do Programa de Imunização da Poliomielite, surgido em 1973; o início das Campanhas Nacionais de Vacinação, em 1980;as circunstâncias das Campanhas Nacionais de Multivacinação;o início do combate ao sarampo no Brasil, em 1990;as circunstâncias de sua nomeação como presidente da FUNASA, em 1991;trabalhos realizados durante este período;definição da importância de seu trabalho em função do peso técnico e não partidário;a função do CENEPI e sua atuação junto ao PNI;motivos para a criação da coordenação do Programa de Auto-Suficiência em Imunobiológicos;a visita do professor Albert Sabin e sua proposta de mudar a forma de administração da vacina de sarampo, em 1991.

Fita 4 Lado A

Continuação do relato da visita do professor Albert Sabin;as críticas do médico sobre aparelhos Ped-o-jet;a publicidade usada na campanha de vacinação contra o sarampo, feita pelo mesmo profissional da campanha do presidente Fernando Collor de Mello;o retorno ao Centro de Vigilância Epidemiológica, em São Paulo, em 1995.

 

 

 

 

Ficha Técnica

Entrevista: Dilene Raimundo do Nascimento e Carlos Fidélis da Ponte
Transcrição: Rosa M J Dutra
Conferência de Fidelidade: Ives Mauro Junior e Dilene Raimundo do Nascimento
Sumário: Dilene Raimundo do Nascimento e Anna Beatriz de Sá Almeida
Resenha Biográfica: Dilene Raimundo do Nascimento
Número de Fitas: 4
Tempo de Gravação: 3h10min
Local: Marília, SP
Data: 14/6/2002