Neste mesmo ano de 1971, especializou-se em Epidemiological Surveillance, pelo Center of Disease Control, e, no ano seguinte, tornou-se epidemiologista da Divisão Nacional de Epidemiologia e Estatística de Saúde. Durante sua permanência nessa Divisão, participou do Plano Nacional de Controle da Poliomielite, em 1971, e da formulação e execução do Programa Nacional de Imunizações (PNI), criado em 1973. Em 1974, Risi Júnior assumiu a chefia do Setor de Epidemiologia da Fundação Ser viços de Saúde Pública (FSESP), implementando, entre outras ações, o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica. Assumiu o cargo de Secretário Nacional de Ações Básicas de Saúde, no Ministério da Saúde, na gestão de Waldir Arcoverde, em 1979. Nesse cargo, participou da decisão dos Dias Nacionais de Vacinação. Na sua opinião, foi uma proposta audaciosa pela sua complexidade, mas comprovou o acerto pelo declínio da incidência da poliomielite no país. Essa estratégia, implementada sob sua liderança, derivou da proposta de erradicação da poliomielite nas Américas, em 1985, capitaneada pela OPAS, que resultou na certificação da erradicação da transmissão do poliovírus selvagem nos países das Américas, em 1994. Atualmente, Risi Júnior exerce o cargo de epidemiologista da Organização PanAmericana de Saúde (OPAS), coordenando o Projeto “Informação e Comunicação em Saúde ”.
Fita 1 Lado A Comentários sobre a influência do pai na escolha da Saúde Pública;sua participação na campanha de erradicação da varíola;a influência de Olivier Pereira em sua formação;as primeiras experiências de vacinação contra a varíola na década de 1960;comparação entre os modelos da varíola e da pólio;a organização do programa contra varíola por Oswaldo José da Silva, da Fundação Rockfeller; considerações sobre a campanha da varíola e sua extinção, em 1973;o diferencial introduzido pela campanha da varíola:a vigilância epidemiológica;informações sobre a difusão do conceito de Vigilância Epidemiológica nos Estados Unidos; o desenvolvimento desse conceito no Brasil por iniciativa de Oswaldo José da Silva;histórico da poliomielite e as primeiras pesquisas;a epidemia de 1916 nos Estados Unidos;as conseqüências da doença de Franklin Delano Roosevelt;a criação da Fundação Nacional contra a Paralisia Infantil;o estudo de Jonas Salk para desenvolvimento de vacina. Fita 1 Lado B O voluntariado na campanha de vacinação;o incidente Cutter;a participação do CDC na investigação do caso;as pesquisas de Hilary Koprowski e de Albert Sabin;atual epidemiologia da doença; primeiros registros da doença no Brasil; a interiorização da doença;as primeiras unidades de tratamento no Brasil;a mudança de perfil da doença no Brasil;a questão da notificação obrigatória;menção à polêmica com Sabin;retomada do assunto sobre a difusão do conceito de Vigilância Epidemiológica no Brasil; a participação de Nelson de Moraes;a criação do Boletim Epidemiológico da Fundação SESP;a relação da notificação obrigatória da poliomielite com a vigilância epidemiológica;a organização do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Poliomielite em 1975;informações sobre o funcionamento do sistema;a organização da Rede de Laboratórios; reflexões sobre o Plano Nacional de Controle da Poliomielite, de 1971;sobre a escolha da vacina Sabin no Brasil; as primeiras experiências com a vacina Sabin no Brasil;a sua opinião sobre o fracasso do Plano. Fita 2 Lado A Continuação das considerações sobre o Plano Nacional de Controle da Poliomielite de 1971 e sua estratégia de ação; o impacto da campanha;os motivos para a descontinuidade do Plano, em 1975; características da gestão do ministro da Saúde Paulo de Almeida Machado;o acirramento da polêmica rotina versus campanha;características da gestão anterior, do ministro da Saúde Mário Machado de Lemos;a criação do PNI, em 1973;os objetivos da criação da CEME em 1971;o papel do PNI no período de 1974 a 1979;o crescimento da Vigilância Epidemiológica nesse período;a indicação de Mozart de Abreu e Lima para secretário-geral;características da gestão do ministro da Saúde Waldir Arcoverde; os determinantes para a decisão pelos Dias Nacionais de Vacinação;relatos de várias epidemias no Brasil. Fita 2 Lado B Conjuntura para a mudança de estratégia de vacinação;a experiência da equipe de epidemiólogos da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul;a epidemia de poliomielite no Paraná e em Santa Catarina;a proposição dos Dias Nacionais de Vacinação como estratégia de combate à poliomielite;considerações sobre os recursos para a compra das vacinas;a participação da CEME;os detalhes da decisão pelos Dias Nacionais de Vacinação e as críticas à proposta;considerações sobre a polêmica envolvendo Albert Sabin;a crítica dos médicos sanitaristas envolvidos com a Reforma Sanitária;o engajamento de outras instituições na Campanha. Fita 3 Lado A Considerações sobre a proposta de vacinar tanto nos centros urbanos como nas áreas rurais;a questão sobre a interiorização da doença;detalhes sobre o mecanismo da vacina Sabin;o sucesso do primeiro ano de Campanha;o engajamento da Secretaria de Saúde de São Paulo sob a administração de Adib Jatene;o fim da polêmica rotina versus campanha;a oposição inicial da OPAS e da OMS;a criação do PAI;considerações sobre o fim da resistência dos sanitaristas do ministério da saúde;os prazos iniciais da Campanha;os casos de poliomielite no Nordeste e a participação de Peter Patriarca;a nova formulação da vacina; recapitulação da história do controle e erradicação da poliomielite no Brasil e seus marcos fundamentais;a localização dos documentos da Fundação SESP. Fita 3 Lado B Considerações finais sobre a fase da erradicação;agradecimentos finais.
Entrevista: Anna Beatriz de Sá Almeida, Dilene Raimundo do Nascimento, Eduardo Maranhão e Laurinda Rosa Maciel
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