Resenha Biográfica
Sumário das Entrevistas
Ficha Técnica

 



 

 

 

Resenha Biográfica

Maria da Luz Fernandes Leal nasceu em Trás-os-Montes, Portugal, em outubro de 1957. Chegou ao Brasil e foi morar em São Paulo. Por gostar das aulas de Química e também dos temas ligados à saúde, prestou vestibular para Farmácia. Apai xonou-se pelo Rio de Janeiro à primeira vista e concluiu a graduação na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1979, e no ano seguinte o Curso de Farmacêutico-Bioquímico, com especialização em Análises Clínicas, na mesma Universidade.

Desde a graduação desenvolveu interesses no campo da virologia, quando trabalhou como monitora no Departamento de Virologia do Instituto de Microbiologia da UFRJ com Maria Genoveva von Hubinder. Esta experiência marcou o início da sua relação mais direta com os estudos de poliovírus.

Ingressou na Fiocruz, ainda em 1980, por intermédio de Hermann Schatzmayr. No ano seguinte, influenciada por Akira Homma, aceitou uma bolsa de estudos no Japão para treinamento em controle de qualidade da vacina oral contra a poliomielite. Este treinamento fazia parte do acordo de cooperação técnica entre os dois países, visando o aprendizado do conjunto das etapas de produção da vacina. Na volta ao Brasil, foi contratada por Bio-Manguinhos e ficou responsável pela implantação do controle de qualidade da vacina importada contra a poliomielite, a ser utilizada nas campanhas de vacinação.

Em 1984, tornou-se a responsável técnica pela produção da vacina, a partir de concentrado viral monovalente importado. Em sua entrevista, Maria da Luz atribui ao fator custo-benefício desfavorável e a outras dificuldades a opção de Bio-Manguinhos de produzir a vacina contra a pólio a partir do processamento dos concentrados virais importados. Em 1989, passou a ser chefe do Departamento de Produção, responsável pela fabricação das vacinas contra a pólio e a meningite A e C, entre outras atividades.

Em 1994 foi substituta do diretor de Bio-Manguinhos e, em 1997, tornou-se diretora do Instituto até a implantação do novo modelo de gestão. Desde 1999, com a eleição de Akira Homma como diretor de Bio-Manguinhos, foi nomeada vice-diretora da unidade.

 

 

 

 

Sumário das Entrevistas

Fita 1 Lado A

A origem familiar e a infância em Portugal;a vinda para o Brasil e os estudos em São Paulo;a aprovação no vestibular para Farmácia na UFRJ e a mudança para o Rio de Janeiro com a mãe;considerações sobre a trajetória na faculdade e o direcionamento para a virologia e microbiologia;os estágios no Laboratório de Maria Genoveva von Hubinder e no Hospital Getúlio Vargas;referências a Hermann Schatzmayr e Akira Homma;a produção de vacina contra o sarampo e a poliomielite na Fiocruz e a transferência de tecnologia do Japão;comentários sobre o ingresso na Fiocruz e o treinamento em controle da vacina contra a pólio em Tóquio, Japão;considerações sobre o trabalho de controle da vacina contra a pólio importada para uso nas campanhas e a criação do INCQS;referência à segunda viagem ao Japão, em 1984;considerações sobre a formulação da vacina no Brasil com a importação do concentrado viral do Laboratório Smith-Kline; abordagem do processo de imunização e o surto de pólio no Nordeste;referência a Fernando Laender e a Eduardo Maranhão;considerações sobre a reformulação da vacina de poliomielite no Brasil e a adoção pela OMS para os países de clima tropical;comentários sobre a produção de vacinas em Bio-Manguinhos.

Fita 1 Lado B

Continuação dos comentários sobre o trabalho em Bio-Manguinhos e o processo de produção de vacinas;referências ao Programa de Erradicação da Pólio proposto pelo Unicef e pela OMS e o aumento da procura de vacina;o reflexo deste aumento no Brasil;referência à relação do INCQS com a Bio-Manguinhos;o Programa de Auto-Suficiência em Imunobiológicos (PASNI)e a articulação entre as instituições produtoras; considerações sobre o remanejamento da linha de produção de vacinas e a estratégia de autonomia do país;referência a momentos de crise na produção da vacina contra a pólio;a questão da associação de vacinas e a produção da vacina DTP e a tetravalente;considerações sobre o processo de erradicação da pólio e as controvérsias sobre o fim da vacinação; comentários sobre a paixão pelo trabalho com a pólio e com a febre amarela.

 

 

 

 

Ficha Técnica

Entrevista: Anna Beatriz de Sá Almeida e Laurinda Rosa Maciel
Transcrição: Rosa M J Dutra
Conferência de Fidelidade: Ives Mauro Junior
Sumário: Gissele Viana Carvalho e Anna Beatriz de Sá Almeida
Resenha Biográfica: Laurinda Rosa Maciel e Anna Beatriz de Sá Almeida
Número de Fitas: 1
Tempo de Gravação: 1h
Local: Rio de Janeiro, RJ
Data: 18/1/2002