Na Paraíba, durante sua graduação, trabalhou com a equipe do arcebispo José Maria Pires, que atendia comunidades carentes. Conquistou uma bolsa de estudos para o Rio de Janeiro e, dadas as suas dificuldades financeiras para a viagem, a passagem de ônibus teve de ser doada pela empresa Itapemirim. No Rio de Janeiro, fez residência médica no Hospital São Sebastião, de janeiro de 1977 a julho de 1978, e sua dedicação era tão grande que ganhou o apelido de “rata de enfermaria ”. Ao mesmo tempo, no primeiro semestre de 1978, cursou a especialização em Medicina Tropical no Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, da USP. Posteriormente, no segundo semestre desse mesmo ano, fez o Curso Básico de Saúde Pública, na Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz. No ano seguinte, fez a especialização em Saúde Pública, na mesma escola. Sua trajetória profissional esteve ligada à poliomielite no nível estadual, participando da organização e avaliação dos Dias Nacionais de Vacinação no estado do Rio de Janeiro, no início de 1980, e, posteriormente, como coordenadora do Programa Estadual de Imunizações. Fez severas críticas à estratégia das campanhas por achar que prejudicava a proposta da atenção básica à saúde, posição esta que já reavaliou, destacando a importância e o papel das campanhas no controle das doenças imunopreveníveis. A partir de 1995, assumiu a coordenação do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, onde permaneceu até recentemente, assumindo a Coordenação de Pneumologia Sanitária. Maria de Lourdes Maia ressalta como fundamental a busca de qualidade de vida e de saúde para todos.
Fita 1 Lado A Considerações sobre a infância no Nordeste;a perda dos pais e a vontade do pai de ter uma filha médica;considerações sobre as dificuldades de estudar e de trabalhar para cuidar da família;comentários sobre a aprovação no vestibular para medicina;comentários sobre o interesse em medicina social;comentários sobre a monitoria no Hospital Universitário de doenças infectocontagiosas na Paraíba e o contato com casos graves de poliomielite;breve comentário sobre pulmões de aço no Rio de Janeiro;considerações sobre a cadeira de Saúde Pública na faculdade;comentários sobre o trabalho com a equipe do arcebispo José Maria Pires e o contato com a Saúde Pública durante a graduação;considerações sobre Saúde Pública e as atitudes consideradas subversivas;o trabalho junto às comunidades atendidas pelo programa da Igreja;a relação entre as atividades desenvolvidas junto à Igreja e a especialização em Saúde Pública;a bolsa de estudos no Rio de Janeiro;a passagem de ônibus conseguida junto à empresa Itapemirim;comentário sobre o primeiro contato com a Fiocruz e a primeira decepção no Rio de Janeiro; o fim do estágio no Hospital do Andaraí e a transferência para o Hospital São Sebastião;considerações sobre o trabalho realizado no Hospital São Sebastião e o apelido de “rata de enfermaria ”;o curso de especialização em Saúde Pública, na ENSP;considerações sobre a poliomielite no Rio de Janeiro;o papel do Hospital Jesus;comentários sobre a especialização em Medicina Tropical na USP;considerações sobre a Saúde Pública vivenciada na ENSP;comparação entre o Internato no Hospital do Andaraí e a Residência Médica no Hospital São Sebastião;comentários sobre a turma do curso básico de especialização na ENSP;breve comentário sobre a cultura nordestina e a experiência como noviça;o casamento e a doença do esposo;comentários sobre a especialização em homeopatia;a opção pela Saúde Pública;comentários sobre a experiência com Recursos Humanos; o convite para a Coordenadoria do Desenvolvimento de Recursos Humanos na Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro;as atividades como coordenadora do Programa de Imunizações do Estado;considerações sobre o primeiro Dia Nacional de Vacinação. Fita 1 Lado B Continuação das considerações sobre o primeiro Dia Nacional de Vacinação;a abrangência da Campanha de Vacinação contra a Poliomielite;a organização do Ministério de Saúde;comentários sobre a delimitação da população a ser vacinada e os postos de vacinação;o trabalho voluntário e a articulação da sociedade para as campanhas de vacinação;comparação da atuação da sociedade na campanha de combate à meningite no Nordeste e na campanha de combate à pólio no Rio de Janeiro;comentários sobre a escassez de recursos destinados ao Rio de Janeiro em função da grande participação do voluntariado;os recursos de marketing utilizados nas campanhas;o exemplo da Síndrome de Rubéola Congênita;considerações sobre a coordenação da Campanha contra a Poliomielite na Região Metropolitana do Rio de Janeiro;considerações sobre o aprendizado no decorrer da Campanha; considerações sobre a setorização das áreas envolvidas na Campanha e a questão do estoque de vacinas;comentários sobre a conservação da vacina e a rede de frio;as Coordenadorias do Estado do Rio de Janeiro e a distribuição e conservação das vacinas;comentários sobre o atendimento de soro antiofídico no estado;comentário sobre as atividades na coordenação do Programa Estadual de Imunização;relato sobre o trabalho de integração entre os postos de saúde do estado e o início da municipalização dos mesmos;comentário sobre a mudança para o programa de Ações Integradas da Saúde e o relato de suas atividades;o trabalho como diretora do Departamento de Educação Continuada, posteriormente Coordenação de Desenvolvimento de Recursos Humanos. Fita 2 Lado A Continuação dos comentários sobre a capacitação de Recursos Humanos;comentário sobre o trabalho como coordenadora da Residência Médica Geral e Comunitária do Estado;referência a Paulo Buss;comentário sobre a psiquiatria na década de 1980;continuação das considerações sobre o trabalho desenvolvido na área de Recursos Humanos, implementando o projeto dos Centros Integrados do Ensino de Saúde Pública; comentário sobre a candidatura a deputada estadual em função do trabalho desenvolvido junto aos CIEPs;considerações sobre a falta de continuidade do projeto dos CIEPs;considerações sobre cidadania e integração social relacionadas à questão educacional;considerações sobre a possibilidade de trabalhar com imunizações nas escolas;considerações sobre a candidatura a deputada estadual; comentário sobre o retorno para a Secretaria de Saúde e as questões políticas que envolveram seu afastamento;considerações sobre o convite para trabalhar no Ministério da Saúde em Brasília;menção a Cláudio do Amaral;considerações sobre a estrutura do Ministério e a situação do PNI;o cargo de coordenadora do PNI;considerações sobre as motivações pessoais que regem seu trabalho e o apoio da família;comentário sobre a reciclagem em Araraquara, com Edmundo Juarez;relato sobre o trabalho como gerente de projeto do PNI;considerações sobre a relação do PNI com os estados e com os municípios;referência aos coordenadores do PNI em âmbito estadual e municipal;comentário sobre a falta de verbas para realização de campanhas nos municípios;considerações sobre as dificuldades de se manter a estrutura criada para o PNI;considerações sobre rotina versus campanhas de vacinação.
Fita 2 Lado B Continuação das considerações sobre rotina versus campanha de vacinação; considerações sobre as campanhas de vacinação em âmbito municipal e o despreparo dos secretários de Saúde;considerações sobre a incorporação da multivacinação nas campanhas;o trabalho de integração entre os coordenadores de imunização nos estados e municípios e a gerência central do PNI;comentário sobre as falhas na imunização pelos estados e o papel dos profissionais de saúde;considerações sobre o agendamento de uma outra entrevista;considerações sobre o trabalho de manutenção da cobertura vacinal em todo o país, mesmo para a poliomielite;agradecimentos e considerações finais.
Entrevista: Anna Beatriz de Sá Almeida e
Carlos Fidélis da Ponte
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