Resenha Biográfica
Sumário das Entrevistas
Ficha Técnica

 



 

 

 

Resenha Biográfica

Maria Cristina Pedreira nasceu em março de 1954, em Porto Alegre. Filha e neta de engenheiros, sentiu falta das ciências exatas nas aulas da graduação em medicina, iniciada em 1973, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Concluiu o curso em 1978 e fez residência e especialização em pediatria, no Hospital Ernesto Dornelles e na Sociedade Brasileira de Pediatria.

Em 1982, prestou concurso para a Secretaria de Saúde do Estado e trabalhou na cidade de Cachoeirinha, região metropolitana de Porto Alegre, como médica pediatra, além de atuar também na rede hospitalar particular da capital. Em 1984, fez concurso para médica sanitarista e foi a responsável técnica, até 1989, pelos Dias Nacionais de Vacinação (DNV).

A partir de 1989 e até agosto de 1994, período crucial para a erradicação da transmissão do poliovírus selvagem no país, foi técnica do GT-Pólio do Ministério da Saúde. Neste mesmo ano, assume a chefia da Coordenação Nacional de Doenças Imunopreveníveis da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA)do Ministério da Saúde.

Devido à sua grande experiência em planejamento e organização dos Dias Nacionais de Vacinação, em Porto Alegre, foi chamada para assessorar a OMS no planejamento da imunização, em Moçambique e Angola, em 1996. Neste mesmo ano, começou o mestrado em Epidemiologia na Universidade Federal de Minas Gerais, cujo tema aliou a prática médica na pediatria à experiência com a poliomielite, pesquisando a Síndrome de Guilan Barré, concluída em 1999.

Paralelamente ao mestrado, realizou cursos de atualização, dentre eles, os de Controle de Doenças Imunopreveníveis e de Avaliação de Vacinas, ambos na ENSP/Fiocruz, entre 1998 e 1999. Foi também técnica do Plano de Erradicação do Sarampo, o chamado GT-Sarampo, coordenado pela FUNASA entre 1998 e 2000. Desde 2000, é epidemiologista da OPAS, trabalhando com o Programa Ampliado de Imunizações (PAI), na República Dominicana.

 

 

 

 

Sumário das Entrevistas

Fita 1 Lado A

A origem familiar;lembranças da infância e adolescência em Porto Alegre;a vocação para a matemática e a opção pela medicina;a graduação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a especialização em pediatria;considerações sobre a atuação na rede privada de hospitais e o concurso público em 1982; o trabalho no Posto de Saúde de Cachoeirinha, Grande Porto Alegre;comentários sobre a Pós-graduação na Escola de Saúde Pública em 1983;referência ao concurso para médica sanitarista em 1984 e sua atuação nos Dias Nacionais de Vacinação;considerações sobre a estruturação da campanha de vacinação da pólio;referências a Lúcia Helena Oliveira e ao convite para trabalhar no Programa de Erradicação da Poliomielite em Brasília;menção a Helvécio Bueno e José Fiúza Lima;considerações sobre as atividades no GT-Pólio e na SNABS; considerações do Programa de Erradicação da Poliomielite como prioridade política e sua relação com o Centro Nacional de Epidemiologia (CENEPI).

Fita 1 Lado B

Novas considerações sobre o trabalho no Programa de Erradicação da Poliomielite;aspectos do processo de criação e das atividades da Coordenação Nacional de Doenças Imunopreveníveis;referência à assessoria técnica prestada aos estados; comentários sobre os indicadores de vigilância epidemiológica, as noticações dos casos e o gerenciamento das informações;referência à experiência no Piauí e em Rondônia;comentários sobre o risco de reintrodução do vírus e o papel da vigilância epidemiológica;referência ao caso da mutação do vírus vacinal na República Dominicana, em 2000.


Criança recebendo a vacina Sabin

Fita 2 Lado A

Continuação dos comentários sobre o caso da mutação do vírus vacinal na República Dominicana;referência à notificação dos casos e às reuniões com os Secretários de Saúde dos estados;novas considerações sobre vigilância epidemiológica;referência ao papel da OPAS e aos últimos casos de notificação da pólio;a experiência da reunião de avaliação do processo de erradicação nas Américas, no México, em 1990, e o apoio recebido de Robin Biellik e de Lúcia Helena Oliveira;a criação de um sistema de notificação nos estados;referência à saída de Helvécio Bueno e à entrada de José Fiúza Lima na coordenação do GT-Pólio; referência à equipe do GT-Pólio.

Fita 2 Lado B

O processo de erradicação da pólio;comentários sobre a Operação Limpeza no Nordeste, em 1989;considerações sobre a certificação de erradicação no Brasil e nas Américas;o trabalho paralelo de vacinação e erradicação no mundo;comentários sobre as estratégias para interromper a vacinação;referência à solicitação da OPAS de redução dos laboratórios e padronização do diagnóstico;a importância de prosseguir com os Dias Nacionais de Vacinação;considerações sobre a erradicação do sarampo e o problema da meningite;novas referências a Robin Biellik;comentários sobre o planejamento dos Dias Nacionais de Vacinação em Angola e Moçambique, junto com José Fernando Verani, em 1996.

Fita 3 Lado A

O retorno para Brasília e o trabalho com zoonoses, rubéola e sarampo;menção a Elizabeth David dos Santos;considerações sobre o mestrado em Epidemiologia, na UFMG, sobre a Síndrome de Guilan Barré;comentários sobre a seleção da OPAS para trabalhar com o PAI na República Dominicana, em 2000;referência à sua relação com os colegas de trabalho e a formação de laços de amizade;considerações finais acerca da proposta de erradicação da pólio no mundo até 2005.

 

 

 

 

Ficha Técnica

Entrevista: Anna Beatriz de Sá Almeida e Laurinda Rosa Maciel
Transcrição: Marcello Cappucci Frisoni
Conferência de Fidelidade: Gissele Viana Carvalho
Sumário: Gissele Viana Carvalho
Resenha Biográfica: Laurinda Rosa Maciel
Número de Fitas: 3
Tempo de Gravação: 2h20min
Local: Porto Alegre, RS
Data: 2/8/2001