Resenha Biográfica
Sumário das Entrevistas
Ficha Técnica

 



 

 

 

Resenha Biográfica

Mitiko Fujita nasceu em maio de 1942, em Marília, São Paulo. Desde jovem tinha curiosidade e interesse pelo mundo da ciência e em 1964 iniciou um estágio no Laboratório de Culturas Celulares, do Instituto Adolfo Lutz. Em 1967, prestou vestibular para Ciências Biológicas na Universidade de São Paulo. Dois anos depois, fez um estágio no Laboratório de Vírus do Instituto Evandro Chagas, em Belém do Pará, ligado à Fundação SESP. Em 1972, concluiu a graduação e prestou concurso para biologista da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, iniciando uma carreira profissional fortemente solidificada com vários cursos.

Em 1975, foi aprovada em concurso para biologista em Microbiologia e Imunologia, também da Secretaria de Saúde de São Paulo, permanecendo até 1977, quando passou a atuar como pesquisadora científica. Neste mesmo ano, começa a dar aulas no Instituto de Ciências Biomédicas da USP, no Departamento de Microbiologia e Imunologia. No início da década de 1980, a convite de Hermann Schatzmayr, veio para a Fundação Oswaldo Cruz, a fim de trabalhar no Laboratório de Enterovírus, no Departamento de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC)como responsável pela super visão técnica e diagnósticos de poliomielite e enteroviroses. Em 1983, começou a dar aulas na pós-graduação do IOC, para turmas de mestrado e doutorado.

Entre 1984 e 1987 fez três estágios de especialização no Instituto Pasteur, sobre aspectos diferenciados dos poliovírus e sua constituição. Em 1990, estudou sobre as enteroviroses em água e esgoto e o desenvolvimento de metodologia para sua detecção, na National Institute of Health, em Tóquio.

Fez parte da comissão técnica da Secretaria Nacional de Ações Básicas em Saúde para avaliação epidemiológica dos casos de poliomielite ocorridos em todo o território brasileiro de 1985 a 1989. Foi assessora direta dos integrantes do Grupo de Trabalho de Erradicação da Pólio (GT-Pólio)do Ministério da Saúde e colaborou com o Centro Nacional de Epidemiologia (CENEPI)na elaboração do documento redigido com vistas à obtenção do certificado de erradicação da transmissão do poliovírus selvagem no Brasil.

 

 

 

 

Sumário das Entrevistas

Fita 1 Lado A

Sua origem familiar;lembranças da infância no bairro da Penha, São Paulo;a opção pelo Curso de Laboratório no Instituto Adolfo Lutz, realizado pela OPAS, em 1964 e 1965;referência ao estágio no laboratório do Instituto Adolfo Lutz, sob orientação de Clélia Martins;as atividades como bolsista e a posterior contratação, em 1965, para trabalhar com o controle epidemiológico de transmissão de arbovírus;considerações sobre a graduação em Ciências Biológicas, na USP; a conclusão do bacharelado em 1971 e da licenciatura em 1972;referência às disciplinas e lembranças dos professores; comentários sobre o estágio no Laboratório de Vírus do Instituto Evandro Chagas, em 1969;considerações acerca da técnica de Miúra utilizada na pesquisa com arbovírus.

Fita 1 Lado B

O concurso para biologista no Instituto Adolfo Lutz;referência à mudança para a área dos vírus entéricos e o início do trabalho com a poliomielite, sob a coordenação de José Paulo Gonzaga de Lacerda;considerações sobre o trabalho com a pólio;comentários sobre as campanhas de vacinação no estado de São Paulo;sua atuação como chefe da Seção de Enterovírus, em 1977, e referência a membros da equipe:Elza Vieira e Benvenido Martins;comentários sobre o treinamento em diagnóstico de enteroviroses no Instituto Adolfo Lutz, sob a sua supervisão;comentários sobre a tese de Waldeman e a importância da imunização em prematuros e gestantes;a experiência como professora no curso de pós-graduação em Sistemas Celulares, na USP, de 1977 a 1979;as circunstâncias de sua ida para o IOC, em 1981; menção a Akira Homma.

Fita 2 Lado A

Considerações sobre as reuniões da primeira Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, em 1980;a mudança para o Rio de Janeiro, com o ingresso no IOC como supervisora técnica dos diagnósticos de poliomielite, em 1981;suas primeiras experiências e a equipe de trabalho;as responsabilidades da supervisão de apoiar outros laboratórios e desenvolver tecnologia avançada para diagnóstico e diferenciação;considerações sobre a produção de insumos para diagnóstico, com recursos do Ministério da Saúde;a experiência de treinar profissionais de outros estados e países no Centro de Referência;referência ao estágio no Centro Pan-Americano de Febre Aftosa, da OPAS, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro, em 1982 e 1983; considerações sobre o estágio no Instituto Pasteur, em Paris, em 1984 e 1985.

Fita 2 Lado B

Considerações sobre as técnicas aprendidas durante os estágios;explicação sobre a técnica de finger-print e a técnica monoclonal: condições de trabalho, custos e dificuldades da aplicação no Brasil;o retorno ao Instituto Pasteur e o aprendizado do seqüenciamento do genoma dos poliovírus, em 1987;referência às dificuldades na compra de equipamento para implantar essa técnica no Brasil; considerações sobre o trabalho como assessora técnica da Divisão Nacional de Laboratórios do Ministério da Saúde, na década de 1980;os workshop s e cursos organizados pela OPAS, com a participação da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP);a experiência de lecionar no Curso Internacional de Erradicação da Poliomielite, em 1986.

Fita 3 Lado A

Comentários sobre o surto de poliomielite no Nordeste, em 1980;problemas na dosagem, supostamente devido às condições ambientais e à alimentação naquela região;a rede de conhecimento criada em função dos problemas na campanha de vacinação nacional;o intercâmbio entre os profissionais dos Centros de Referência do país;considerações sobre as reuniões da Divisão Nacional de Laboratórios para avaliar e planejar o combate à pólio;referência a profissionais do GT-Pólio e da SNABS;menção a João Baptista Risi Júnior;considerações sobre a sua colaboração na elaboração do certi. cado de erradicação da transmissão do vírus da poliomielite, em 1989.

Fita 3 Lado B

Consideração sobre suas atividades e dificuldades encontradas na Divisão de Epidemiologia;referência ao funcionamento e às deliberações das reuniões da Divisão Nacional de Laboratório;a experiência como professora de virologia, com ênfase na poliomielite, nos cursos de mestrado e doutorado da Fiocruz;o convite de Maria Genoveva von Hubinder, do Instituto de Microbiologia da UFRJ, para ministrar aulas sobre enterovírus, em especial o trabalho em laboratório;comentários sobre as atividades no Laboratório Noel Nutels.


Albert Sabin observando tubos de ensaio

Fita 4 Lado A

Continuação dos comentários sobre as atividades realizadas no Laboratório Noel Nutels;considerações sobre um segundo estágio no Instituto Pasteur, em Paris, em 1987, e a dificuldade de se trabalhar com anticorpos monoclonais; considerações sobre o apoio recebido do Instituto Pasteur para a pesquisa sobre a pólio no Brasil;referência às técnicas de diagnóstico do vírus;a importância do trabalho realizado em virologia, durante a certificação da erradicação da pólio, entre 1991 a 1994;referência à rotina de trabalho na virologia ambiental;breve comentário sobre a coleta de amostras nas estações de tratamento de água e esgoto no estado;breve explanação sobre as possibilidades de mutação dos vírus;comentários sobre a presença do vírus vacinal e selvagem da pólio e do vírus da hepatite A nas amostras de água analisadas;o papel da vigilância epidemiológica na continuidade do trabalho de erradicação da pólio.

Fita 4 Lado B

A importância da conscientização da população, ainda hoje, para a vacinação; referência aos cuidados para conter epidemias;comentários finais sobre a sua escolha profissional e as mudanças na sua vida.

 

 

 

 

Ficha Técnica

Entrevista: Anna Beatriz de Sá Almeida e Laurinda Rosa Maciel
Transcrição: Rosa M J Dutra
Conferência de Fidelidade: Ives Mauro Junior
Sumário: Angélica Estanek e Laurinda Rosa Maciel
Resenha Biográfica: Laurinda Rosa Maciel
Número de Fitas: 4
Tempo de Gravação: 3h45min
Local: Rio de Janeiro, RJ
Data: 12/11/2001 e 5/12/2001